quinta-feira, 1 de abril de 2010

Me desculpe, não sei cantar em inglês.

The Who, Sex Pistols, Beatles, The Clash ou até mesmo Jimi Hendrix. Ícones mundiais que atingiram gerações com suas letras e batidas, onde falavam de assuntos que para a época em questão, revolucionaram os jovens. Mas onde estão os músicos brasileiros? Onde estão Cazuza, Caetano Veloso, Bethania, Seixas ou Legião? Cadê o tropicalismo nos nosso sangue?
A música brasileira é constantemente abafada pelos sons que se propagam mundialmente fora do país. Não vemos mais o brilho no olhar do jovem de hoje ao cantar geração coca-cola do Legião ou Metro linha 743 de Raul, até mesmo porque a maior parte da juventude brasileira conhece e admiram artistas norte-americanos, britânicos ou mexicanos.
Não há mais fanatismo em mudar o país, não há mais grandes quantidades de boas músicas, não há bandas revolucionárias, muito menos seguidores da cultura do NOSSO Brasil. A MPB foi esquecida, o rock foi transformado em frases sem conteúdo significativo e a bossa nova foi abolida de nossos ouvidos. Não se escuta mais Carinhoso, Teatro dos vampiros, Trem das 7, Ideologia ou Apenas um rapaz latino-americano.
Hoje temos músicas vazias, com letras sobre futilidades, inutilidades e muitas vezes sem nem ao menos um nexo. Não julgo todas as músicas que são produzidas no Brasil , pois apesar de poucos os artistas, alguns ainda se preocupam com a boa música e com as influências dos grandes revolucionários culturais da época da ditadura, e tentam transmitir alguma imagem e mensagem com críticas sobre o mundo em que vivemos. A música brasileira definitivamente não possui qualidade no século XXI, o que é extremamente decepcionante, já que isso reflete na imagem do país no exterior, em que hoje se resulta em uma estrutura de samba sem conteúdo, rock sem fundamento e funk.
É uma pena ver um legado tão importante e nobre como esse, como a música livre, conquistada por esforço de grandes nomes de nossa cultura, ser desvalorizado e destruído pelas mãos da juventude brasileira. Apenas nós podemos continuar o trabalho de expressão de boas ideias e de fatos críticos através da música. Não vamos destruir nossa cultura, nossa base, nossa história.