segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meu querido Filho

As vezes me pego pensando no meu filho, e é claro que isso me preocupa. Não pelo fato de que, se analisarmos a maioria dos jovens da minha idade (18 anos), do sexo masculino, a ideia de um filho é sempre negativa. Eu já acho o contrário.
Nesses últimos tempos, tenho me sentido muito sozinho, talvez pelo falecimento da minha irmã (quando eu estiver mais tranquilo do ocorrido, irei fazer um post só sobre ela), ou de outros problemas mais comuns, não sei, mas eu sinto essa necessidade de ter alguém pra criar, alguém pra cuidar, alguém que me desse um motivo a mais para continuar indo em frente. O interessante é que quando eu imagino meu filho, eu não consigo imaginar a minha mulher, quero deixar bem claro, sou hétero mas acho que já sofri tanto na mão de uma pessoa, que ainda não consigo ter a imagem na minha cabeça de "Família feliz" com uma esposa ao meu lado. É claro, não posso generalizar, tenho ótimas amigas (a Bah é um exemplo) mas sei lá, não me enchergo...
Mas voltando ao assunto, o meu medo é sobre o "meio" em que meu filho viverá. Vejo as crianças de hoje e parece-me que a minha infância foi um sonho "surreal". De manhã, assistia desenhos animados, à tarde ia a escola, brincava com meus amigos no recreio, a noite chegava e eu ia jogar video game e estudar um pouco. Nos finais de semana, eu e meus amigos nos reuníamos na casa de alguém para brincar. Jogava bola, lia bastante gibi, andava de bicicleta pela cidade, como qualquer outra criança da minha idade.
Hoje em dia não existe mais o conceito de "criança" da minha época. Agora existe o termo"pré-adolescente", onde a criança nessa faixa é submetida a um "amadurecimento" forçado, imposto pela Sociedade (sociedade engloba mídia, meios de comunicação, amigos, família, escola, etc), e o resultado final é um jovem prejudicado. Por exemplo, na minha época não existia o termo "ficar", meninas não usavam maquiagem, não existia "Balada Teen", entre tantas outras coisas... Ah, saudades da minha infância onde tudo era inocente, você fazia amigos de verdade, dava para brincar na rua em segurança, os programas infantis realmente eram programas infantis (Castelo Rá-Tim-Bum, entre tantos outros), filmes infantis, como por exemplo "A História Sem Fim" tinham uma mensagem a passar... Saudades desses tempos...
É uma coisa que eu prometo para meu filho inexistente, que quando eu o tiver, tentarei dar uma infância de sonhos, desejos, fantasias, e principalmente inocente, e é claro, serei sempre um pai presente.
Isso que eu não me conformo. Cada vez mais as crianças são vistas como apenas um objeto de se obter lucro... E é tão fácil encher as cabecinhas delas com falsos valores... Iludi-las com a felicidade material... E por fim, deixá-las alienadas, acreditando em qualquer mentira vendida. Eu não me conformo. E algumas pessoas se rebelam contra as crianças, como se fosse culpa delas acreditar no que falam pra elas... Ai ai... quando que as pessoas vão entender que, os culpados pelas crianças alienadas somos nós mesmos, talvez não diretamente, mas por deixarmos elas ficarem assim, pois é muito fácil apontar para algo/alguém e passar a culpa, ou quem sabe, nós somos a geração afetada, realmente eu "Só sei que nada sei".
"Ninguém pode mudar o começo, mas qualquer um pode começar de novo e fazer um novo fim." Eu estou fazendo a minha parte, e você? Está fazendo a sua?

simplesmente assim.

Poucas palavras. Isso bastaria para mim hoje. Há uma magia no olhar que eu necessito.

Acordei querendo sentir um abraço apertado. Que comentário sentimentalista da minha parte.
Não há muito mais que me satisfaça hoje, além claro, de um sorriso roubado. Um beijo apaixonado. Um eu te amo sincero.

Seja dele, de minha mãe ou quiçá do outrem.

Não precisei de muito para entrar em nostalgia. Estado de lembrança.

Como eu disse, poucas palavras me bastam.

Estou cansada das promessas em vão que as bocas me fazem ao longo do dia.

Hoje eu quero amor, compaixão, quero sorriso, abraços, beijos e olhares profundos... Quero ver a alma pelo brilho dos olhos.
Quero ver a verdade nos gestos, sentir a brisa me tocar, ver o céu se abrir... E depois, aos poucos, ir embora o azul limpo diante da escuridão da noite...

Preciso sentir mais, ouvir menos.

Quero instinto, não racionalidade.