terça-feira, 23 de março de 2010

A Arte da Guerra

Primeiramente, irei esclarecer a ausência da minha postagem de domingo, infelizmente fiquei sem internet e só agora que ela voltou ao normal, enfim vamos a minha postagem.


Nesse meu período de "recesso", achei um livro na minha biblioteca, o qual eu já tinha ouvido falar mas nunca tinha tive tempo de ler, ele se chama "A arte da guerra", de Sun Tzu, para quem não conhece, Sun Tzu escreveu esse livro na China, há mais de 2500 anos e acredita-se que esse livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares, como Napoleão, Mao Tsé Tung, entre outros. Ele é composto por treze capítulos, onde em cada capítulo é abordado um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional.

Enfim, é um livro ótimo e eu recomendo. Agora, irei postar uma biografia feita por Su-ma Ch'ien em 100 a.C. para terminar esse post, espero que gostem.

Sun Tzu, cujo nome individual era Wu, nasceu no Estado de Ch'i. Sua Arte da Guerra chamou a atenção do Ho Lu, Rei de Wu. Ho Lu disse-lhe: "Li atentamente seus 13 capítulos. Posso submeter sua teoria de dirigir soldados a uma pequena prova?"
Sun Tzu respondeu: "Pode".
O rei perguntou: "A prova pode ser feita em mulheres?"
A resposta tornou a ser afirmativa e então trouxeram 180 senhoras do palácio. Sun Tzu dividiu-as em duas companhias e colocou duas das concubinas favoritas do rei na direção de cada uma delas. Depois, mandou que todas pegassem lanças e falou-lhes assim: "Suponho que saibam a diferença entre frente e costas, mão direita e esquerda?"
As mulheres responderam: "Sim".
Sun Tzu prosseguiu: "Quando eu disser 'Sentido', têm de olhar diretamente para a frente. Quando eu disser 'Esquerda volver',têm de virar para sua mão esquerda. Quando eu disser 'Direita volver',precisam virar-se para sua mão direita. Quando eu disser 'Meia-volta volver', vocês têm de virar-se de costas".
As moças tornaram a concordar. Tendo explicado as palavras de comando, ele colocou as alabardas e achas-d'armas em forma, para começar a manobra. Então, ao som dos tambores, deu a ordem "Direita volver", mas as moças apenas caíram na risada.
Sun Tzu disse, paciente: "Se as ordens de comando não foram bastante claras, se não foram totalmente compreendidas, então a culpa é do general". Assim, recomeçou a manobra e, desta vez, deu a ordem "Esquerda volver", ao que as moças quase arrebentaram de tanto rir.
Então ele disse: "Se ordens de comando não forem claras e precisas, se não forem inteiramente compreendidas, a culpa é do general. Porém, se as ordens são claras e os soldados, apesar disso, desobedecem, então a culpa é dos seus oficiais". Dito isso, ordenou que as comandantes das duas companhias fossem decapitadas.
Ora, o Rei de Wu estava olhando do alto de um pavilhão elevado e quando viu sua concubina predileta a ponto de ser executada, ficou muito assustado e mandou imediatamente a seguinte mensagem: "Estamos neste momento muito contentes com a capacidade do nosso general de dirigir as tropas. Se formos privados dessas duas concubinas, nossa comida e bebida perderão o sabor. É nosso desejo que elas não sejam decapitadas."
Sun Tzu retrucou, ainda mais paciente: "Tendo recebido anteriormente de Vossa Majestade a missão de ser o general de suas forças, há certas ordens que Vossa Majestade que, em virtude daquela função, não posso aceitar". Consequentemente e imediatamente mandou decapitar as duas comandantes, colocando prontamente em seu lugar as duas seguintes. Isso feito, o tambor tocou mais uma vez para novo exercício. As moças executaram todas as ordens, virando para a direita ou esquerda, marchando em frente, fazendo meia-volta, ajoelhando-se ou parando, com precisão e rapidez perfeitas, não se arriscando a emitir um som.
Então, Sun Tzu enviou uma mensagem ao rei, dizendo: "Os soldados, senhor, estão agora devidamente disciplinados e treinados, prontos para a inspeção de Vossa Majestade. Podem ser utilizados como seu soberano o desejar. Mande-os atravessar fogo e água e agora não desobedecerão." Mas o rei retrucou: "Que o general pare o exercício e volte ao acampamento. Quanto a nós, não desejamos descer e passar os soldados em revista."
Respondendo, Sun Tzu disse, calmo: "O rei apenas gosta muito de palavras, e não sabe transformá-las em atos."
Depois disso, o Rei de Wu viu que Sun Tzu sabia como comandar um exército e nomeou-o general, A oeste, Sun Tzu derrotou o Estado de Ch'u e abriu caminho para Ying, a capital; ao norte, aterrorizou os Estados de Ch'i e Chin, e estendeu sua fama até os príncipes feudais. E Sun Tzu partilhou o poder do reino.

Tem várias frases que eu gostei desse livro, dentre elas: "Lutar e vencer em todas as batalhas não é a glória suprema; a glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar." frase presente no Cápítulo "A Espada Embainhada". É um livro que vale a pena, volto a dizer, e o mais interessante é que as lições que nele estão contidos, podem ser usados em vários contextos do nosso cotidiano. E para finalizar, quem gostou de "O Príncipe" de Maquiavel, vai sentir uma certa afinidade com esse livro. Boa leitura!

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